Estudos feitos por Cenoz & Valencia; Swain, Lapkin, Rowen & Hart afirmam que o bilinguismo tem um efeito positivo na aquisição de um outro idioma, mas não existe nenhum estudo ciêntifico que comprove que é mais fácil aprender idiomas quando já se é bilíngue.
A primeira vantagem é o desenvolvimento de estratégias. Se você aprendeu um segundo idioma, você descobriu as estratégias que melhor funcionam para você. “A mente do bilíngue está em frequente questionamento, pois a escolha é feita ininterruptamente para selecionar o idioma a ser usado. Isso fortalece o cérebro na sua função de execução. ”, explica Ellen Bialystok, da Universidade de York, no Reino Unido.
Outras vantagens:
• Nossa mente se acostuma a solucionar problemas com menos nervosismo;
• O aprendizado de novas culturas melhora significantemente o poder de comunicação e negociação;
• Desenvolvimento de uma melhor compreensão auditiva.
Pesquisas mostram que aprendizes que são alfabetizados em pelo menos dois idiomas possuem conhecimento metalinguístico, que os permite fazer comparações e gerar hipóteses criativas.
Outro benefício potencial são as similaridades linguísticas, pois ao utilizar nosso conhecimento prévio, temos mais facilidade no processo de transferência para o outro idioma.
Porém, nem todas as semelhanças que percebemos são reais. Muitas vezes fazemos conexões erradas, como por exemplo a utilização de falsos cognatos. Muitos situações engraçadas são colocadas como exemplos dessas transferências negativas.
Quando um terceiro idioma é introduzido verificamos que o segundo idioma também tem um papel importante no aprendizado. O que acontece é que usamos no terceiro idioma generalizações do segundo idioma mais frequentemente do que do primeiro. Técnicas de neuroimagem buscam obter informações de atividade cerebral para comprovar a habilidade cognitiva. Nosso segundo idioma, como o primeiro, influencia positiva e negativamente o processo de aprendizado do terceiro, e o segundo e terceiro idioma influenciam o primeiro.
Para dominar qualquer língua estrangeira precisamos nos expor e praticar fisicamente essa nova língua. É como quando você inicia na academia e, ao acompanhar o instrutor fazendo abdominais, pensa: “Hum, não é assim tão difícil! ”. Mas depois de arriscar alguns abdominais, pensamos, “Hum, preciso trabalhar esses músculos! ”.
A língua é um músculo, então vamos falar e escrever de maneira criativa, repetidamente. Só assim atingiremos nossos objetivos!